Estágios de
Desenvolvimento Espiritual e concepções de Deus, segundo o Yoga.
Compartilho a seguir uma pérola rara de sabedoria, transmita
pelo professor e mestre Govindan Satchidananda durante palestra que realizou durante
um retiro em que recebi, junto a queridos amigos e colegas de yoga (“sangha”) o
3º. Nível de Iniciação em Kriya Yoga de Babaji - Novembro de 2008 (mais informações sobre a Kriya
Yoga em: http://www.babajiskriyayoga.net/portuguese/home.php).
Yoga e caminhos de
desenvolvimento:“Praticamos yoga para desenvolver a calma (Satva), que é a porta
para a alma. Este é o primeiro estágio de desenvolvimento espiritual. O seguindo
estágio é a perspectiva de testemunha, observar o que acontece. Então evoluímos
para o “observador”, para a consciência de que o corpo e a mente são
instrumentos – este é o terceiro estágio. Há sincronicidade, e tudo se realiza.
Palavras e pensamentos trazem consequências (mais imediatas) e passamos a
expressar mais o amor. A consciência se expande e transcende, a espiritualidade
passa a ser o ar que se respira. Você simplesmente é. E tudo isso é um caminho
não linear”.
Concepções de Deus e
desenvolvimento espiritual
- “Deus protetor – (típico da fase dos) homens das
cavernas, que se identificava com o corpo (eu sou meu corpo) - a vida era dura,
e violenta. Era melhor agradar a deus e lutar pela sobrevivência;
- Deus onipotente – autoridade julgadora. Pessoas
desenvolvem o “Direito” para regular as relações, em nome de deus. Começam as
disputas e tensões políticas e religiosas;
- Algumas poucas pessoas têm experiências espirituais
internas e descobrem que deus é paz (“Be still and know that I’m God”). Neste
ponto, a espiritualidade substitui a religião organizada;
- No próximo estágio, começamos a ouvir a
sabedoria que vem de dentro e deixar que a intuição fale, começamos a discernir,
a realizar “quem eu sou”. Sem medo, com amor e confiança, guiados pela
orientação de deus, podemos sentir a inocência e passar a ajudar os outros a
encontrar felicidade. Deus passa a ser o
co-criador e ficamos responsáveis por criar a própria vida como visionários, e
não como sonhadores. Intenções se realizam.
- No estágio seguinte, passamos a ver o mundo como
um milagre de realizações, a vida como um “playground” de deus, que está além de
todas a coisas, é a luz da consciência. As experiências são ilimitadas e há
sacralidade em tudo, vemos deus em tudo. Liberamo-nos do jogo do ego.
- Em seguida, há um estágio não dual, de unidade
total com deus em tudo. Deus está dentro e uno com a alma. Podemos alcançar
esse estágio em meditação profunda. Chega a realização de “Eu Sou” (o que Sou).
Isso é Samadhi.”
