26 abril 2012


Estágios de Desenvolvimento Espiritual e concepções de Deus, segundo o Yoga.

 Compartilho a seguir uma pérola rara de sabedoria, transmita pelo professor e mestre Govindan Satchidananda durante palestra que realizou durante um retiro em que recebi, junto a queridos amigos e colegas de yoga (“sangha”) o 3º. Nível de Iniciação em Kriya Yoga de Babaji - Novembro de 2008 (mais informações sobre a Kriya Yoga em: http://www.babajiskriyayoga.net/portuguese/home.php).

 Yoga e caminhos de desenvolvimento:“Praticamos yoga para desenvolver a calma (Satva), que é a porta para a alma. Este é o primeiro estágio de desenvolvimento espiritual. O seguindo estágio é a perspectiva de testemunha, observar o que acontece. Então evoluímos para o “observador”, para a consciência de que o corpo e a mente são instrumentos – este é o terceiro estágio. Há sincronicidade, e tudo se realiza. Palavras e pensamentos trazem consequências (mais imediatas) e passamos a expressar mais o amor. A consciência se expande e transcende, a espiritualidade passa a ser o ar que se respira. Você simplesmente é. E tudo isso é um caminho não linear”.

Concepções de Deus e desenvolvimento espiritual
  • “Deus protetor – (típico da fase dos) homens das cavernas, que se identificava com o corpo (eu sou meu corpo) - a vida era dura, e violenta. Era melhor agradar a deus e lutar pela sobrevivência;
  • Deus onipotente – autoridade julgadora. Pessoas desenvolvem o “Direito” para regular as relações, em nome de deus. Começam as disputas e tensões políticas e religiosas;
  • Algumas poucas pessoas têm experiências espirituais internas e descobrem que deus é paz (“Be still and know that I’m God”). Neste ponto, a espiritualidade substitui a religião organizada;
  • No próximo estágio, começamos a ouvir a sabedoria que vem de dentro e deixar que a intuição fale, começamos a discernir, a realizar “quem eu sou”. Sem medo, com amor e confiança, guiados pela orientação de deus, podemos sentir a inocência e passar a ajudar os outros a encontrar felicidade.  Deus passa a ser o co-criador e ficamos responsáveis por criar a própria vida como visionários, e não como sonhadores. Intenções se realizam.
  • No estágio seguinte, passamos a ver o mundo como um milagre de realizações, a vida como um “playground” de deus, que está além de todas a coisas, é a luz da consciência. As experiências são ilimitadas e há sacralidade em tudo, vemos deus em tudo. Liberamo-nos do jogo do ego.
  • Em seguida, há um estágio não dual, de unidade total com deus em tudo. Deus está dentro e uno com a alma. Podemos alcançar esse estágio em meditação profunda. Chega a realização de “Eu Sou” (o que Sou). Isso é Samadhi.”