Você sente que ainda não tem o
suficiente ou tem medo de perder o que já conquistou?
Poucas pessoas admitem, mas conviver
com mulheres em diferentes contextos nos últimos sete anos me fez perceber que,
no fundo, temos os mesmos desafios e vulnerabilidades, e pouco espaço para
falar sobre isso sem sermos julgadas.
Em minha profissão convivo
diariamente com profissionais no mundo das start-ups e das megacorporações,
desde empreendedoras que estão começando pela primeira vez o próprio negócio
após deixar cargo e salário até executivas que ocupam posições de liderança em
grandes empresas. Algumas tem muito dinheiro, outras estão aprendendo a ganhar
o próprio sustento.
Sabe o que elas têm em comum?
Talvez você se surpreenda, pois a princípio isso também me intrigou:
independentemente do saldo bancário ou das posses que elas têm, a maioria vive
com um medo secreto da escassez que gera um permanente estado de alerta e
preocupação. Sabe aquela ideia de talvez “ainda não ter o suficiente” ou aquela
apreensão de que alguma coisa possa acontecer e você “ficar sem”?
Pois bem, ao ler o imperdível
“The Soul of Money”, de Lynne Twist, uma importante filantropa e captadora de
recursos internacional, pude confirmar que ainda vivemos a maior parte do tempo
com medo da falta, e percebi que este é um fenômeno mundial, que afeta ricos e
pobres. Nos afeta. Me afeta. Afeta os grandes milionários. O medo de perder o
que já conquistou. O medo do fracasso, de não conquistar o que você quer ou de
não conseguir se tornar quem você quer ser.
Não tenho tempo suficiente…não
tenho dinheiro suficiente...não dormi o suficiente...não fiz exercícios o suficiente...não
tenho clientes o suficiente...não sou magra o suficiente. Este tipo de pensamento
pode vir automaticamente e tomar boa parte de nosso diálogo interno e do tempo.
Pode virar um mantra, formar um padrão mental que molda sua realidade, pois acaba
criando uma existência pautada pela insatisfação. Você se identifica ou conhece
alguém que está passando por isso agora?
Tenho visto muita gente ressoar
com estas ideias, e, após passar a maior parte da vida na caça por conquistar o
que achava que ainda estava faltando, cansei de olhar a metade do copo vazio e
resolvi investigar uma nova possibilidade: comecei a estudar a biografia das
pessoas bem-sucedidas e qual a chave que as leva a prosperar. Comecei a fazer
um trabalho interno mais sério e praticar mais ativamente a gratidão. Passei a
estudar as leis da abundância, a buscar ajuda profissional para liberar o que
me impedia e a transformar meu ponto de vista por completo.
Assim, passo a passo, minha
realidade prática foi se transformando e hoje, tendo fortalecido a confiança em
meus próprios recursos e estando bem mais alinhada ao meu propósito – que é o
de ajudar pessoas a realizar seu pleno potencial, me sinto profundamente
inspirada em buscar trazer mais clareza para esta grande mentira que é a tirania
da escassez, de confrontar essa ideia dominante em nossa sociedade que vivemos
num mundo de recursos escassos, que “não tem para todo mundo” e que precisamos
lutar e competir pela sobrevivência.
Quando parei, respirei, considerei
uma nova possibilidade e busquei ajuda pude começar a ativar a abundancia em
minha própria vida para valer, e tudo mudou. Então, hoje te pergunto: e se essa
sensação de “não ter o suficiente” deixasse de ser presente para você, quem
você poderia se tornar e o que seria possível alcançar?
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