Enquanto a guerra, a incerteza e a negatividade empalham-se, também emerge em contra ponto uma massa de pessoas conectadas com o propósito de virar este jogo do perde-perde.
Como você se percebe em relação a esta questões? Sonha em viver num mundo onde todos possam estar em harmonia? Em que pessoas de todas as religiões e filosofias sejam
respeitadas? Onde possamos ter acesso a tudo que precisamos para uma
vida segura e próspera, tendo uma convivência saudável com a natureza?
Afinal, como vamos transformar o mundo?
Passei alguns anos pensando sobre e lidando com questões que
impactam a sustentabilidade das pessoas, de organizações sociais, empresas. Busquei respostas para alguns desafios que me pareciam abissais em muitos lugares, dialogando com todo tipo de gente. Nessa jornada, passei a
acreditar que necessitamos é de uma verdadeira revolução espiritual.
Assim, quero dizer: a mudança que queremos ver no mundo depende de uma mudança
interna nas pessoas capaz de refletir no modo como estas conduzem os relacionamentos, o trabalho, a forma como produzem,
consomem e lidam com recursos naturais. No início, temia que esta ideia de "mudança de dentro para fora" soasse
infantil ou deveras ingênua.
Trabalhei no mundo corporativo tempo suficiente para conviver com várias formas de resistência à adoção de práticas (minimamente) sustentáveis. Quando se lida com os tais "assuntos corporativos, é comum ficar muito bem informado e ao mesmo tempo cético. É o poder que "coisifica" tudo. Ao insistir em certos ideais e sair daquele congelamento, hoje sei que conhecer a si mesmo é o saber mais potente
do universo e sem hesitação posso afirmar: se queres transformar o mundo, é melhor começar por mudar o seu
mundo.
Recentemente visitei um lindo povoado na costa da
Califórnia, na mágica região de Big Sur. Após uma deliciosa refeição com
ingredientes locais e vinho branco da região, fui andar pela vila e me senti
misteriosamente atraída para uma pequena e super charmosa vitrine: “Pilgrim’s Book Store”. Logo ao
entrar, fui tragada para a prateleira onde um livro parecia me esperar. The Fifth Agreement,
de Don Miguel Ruiz e Don Jose Ruiz, pai e filho, ambos sábios toltecas, homens
e mulheres de conhecimento que habitaram o sul do México há milhares de anos e que, felizmente, mantém sua tradição viva até agora.
De volta ao Brasil, devorei a obra encantada com a simplicidade a grandiosidade da sabedoria tolteca. Na essência, Don Jose propõe justamente: “para mudar o
mundo, mude o seu mundo interno, o mundo virtual que existe dentro de sua
cabeça. Você não poderá mudar o mundo externo se não conseguir primeiro mudar o
seu próprio”.
Ele nos dá a direção, ao ensinar que cada um pode transformar seu mundo
ao se amar de verdade e aproveitar plenamente a vida, tornando o mundo pessoal
um verdadeiro céu na Terra! E traz alguns princípios para que
isto seja possível, todos relativos às nossas próprias atitudes e visão de
mundo.
De fato, quando nosso mundo se torna melhor, queremos
compartilhar nossa plenitude com os outros. Segundo o sábio
tolteca, quando você muda, seus filhos mudam, por que a mensagem que você leva
a eles mudou (por mensagem ele propõe quem você é, e não apenas o que diz). Assim, mudando a sua mensagem, sua esposa ou marido mudará. Seu
relacionamento com seus amigos mudará. E talvez, o mais
importante, seu relacionamento com você mesmo mudará.
Quando você se torna mais feliz, isto beneficia todos a sua
volta. Por isso, o maior legado que cada um pode deixar é o amor. Deveríamos
nos amar, e não nos odiar. Há milhares de pessoas neste mundo sonhando, cada
qual o seu sonho, vivendo dentro de sua vida psicológica. Há milhares de cores, milhares de crenças, milhares de
pontos de vistas, porém é a mesma força de vida que está por trás de cada um, e acreditar
que você é superior ou inferior que qualquer outra pessoa é a grande mentira, pois
nos leva a acreditar que estamos separados.
Podemos parar de destruir nossas
relações, parar de destruir nosso planeta, se simplesmente percebermos o que
estamos fazendo e concordarmos que podemos trabalhar juntos. Para transformar o
mundo é preciso ser autêntico, ser livre, ter a coragem de dar a você mesmo e
ao mundo o seu melhor, e não o seu pior. Por isso é preciso se conhecer de verdade. Neste sentido, meia hora de meditação por dia pode melhorar muito mais a vida que três horas por noite num curso de MBA!
Não devemos tentar mudar o mundo. Podemos tomar uma ação
AGORA ao mudar nosso modo de pensar. Não precisamos estar nesta vida para
sofrer. A vida não precisa ser um mar de lágrimas, não vamos acreditar nesta
mentira. Tampouco estamos aqui por acaso, apenas "a passeio". Podemos ter uma vida plena e maravilhosa nesta Terra, assumindo nossas responsabilidades.
Quando formarmos
uma massa crítica de pessoas sábias o suficiente, não será preciso haver mais guerras ou
sofrimento generalizado. Precisamos mudar nosso mundo e nossa realidade externa ao
mesmo tempo, ao apostar numa nova psicologia. Isto significa, em primeiro
lugar, parar a guerra dentro de nossas mentes. Podemos mudar completamente o
mundo inteiro dentro de três, quatro gerações.
Então, para que esperar? Vamos
viver nossa vida plenamente agora e deixar um lugar em que nossos filhos e
netos possam viver a vida plenamente também. Don Jose nos deixa o convite: “ajude-me a
mudar o mundo”.
Para saber mais:
http://www.miguelruiz.com/
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